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Foto do escritorMarcos Vinícius de Lima

Eficiência energética no projeto arquitetônico

Atualizado: 29 de fev.

Edificações convencionais podem economizar 50% de energia


O conceito de eficiência energética, segundo Lamberts, Dutra e Pereira (2004, p. 14), pode ser entendido como a obtenção de um serviço com baixo dispêndio de energia. Portanto, um edifício é considerado mais eficiente do que outro se esta edificação oferece as mesmas condições ambientais com menor consumo de energia.


Desenvolver o produto imobiliário pensando em satisfazer as necessidades de conforto térmico dos clientes da edificação, além de proporcionar sensação de bem-estar entre os usuários do edifício, acaba minimizando os gastos energéticos da edificação, gerando mais satisfação do produto.

Para a edificação consumir menos energia é necessário promover um uso mais racional. Sendo assim, é interessante especificar equipamentos que tenham mais eficiência energética e incentivar o uso racional de energia, evitando desperdícios. Entretanto, algumas das principais soluções para diminuir os gastos energéticos das edificações podem ser empregadas ainda na fase de planejamento do empreendimento imobiliário, por meio da adequação climática da forma, da função e dos materiais utilizados.


Entender os fatores climáticos locais (orientação solar, umidade do ar, ventos predominantes de cada local) é importante para observar o custo versus os benefícios proporcionados pela utilização de estratégias de projeto que melhoram o conforto térmico do empreendimento. Vale ressaltar que o custo deve ser analisado do ponto de vista do usuário final, pois os benefícios se estendem por toda a vida útil da edificação.


Os fatores dinâmicos do clima afetam o desempenho térmico do edifício. Os ganhos e perdas de calor da edificação também dependem de algumas variáveis arquitetônicas. Alguns exemplos de influência térmica dos elementos da arquitetura (MASCARÓ, 1991; LAMBERTS, 2004. Adaptado.) destacam os seguintes fatores:


  • características dos materiais das fachadas

  • orientação solar

  • forma e a altura da edificação

  • orientação e o tamanho das janelas

  • características do entorno da edificação

  • orientação em relação a ventilação

  • desempenho das aberturas

  • localização estratégica dos condicionadores de ar artificiais.


Cada região tem estratégias específicas para as soluções arquitetônicas a serem adotadas nas edificações, já que as cidades brasileiras apresentam características climáticas bem diferenciadas entre elas.


Em estudo realizado na região Sul do Brasil, com uma edificação residencial para 4 moradores, obtivemos o consumo energético do projeto através do método de simulação computacional do RTQ-R (PROCEL).


Ao analisar a demanda energética da edificação fizemos uma proposta de melhorias. Nota-se que o principal gasto energético para uma edificação no Sul do Brasil concentra-se na demanda para aquecimento, o qual foi reduzido em 72% na nossa edificação proposta, ou seja, saiu de 2.230,19 kWh/ano para 614,26kWh/ano.



As alterações no projeto resultaram em uma queda de 50% no investimento em energia solar fotovoltaica, reduzindo o payback para menos de 5 anos. Quer saber como isso pode ser possível nos seus projetos? Deixe seu comentário.


Mais informações:


LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. Eficiência Energética na Arquitetura. 2. ed. São Paulo: ProLivros, 2004.


Estudo Arquitetônico para Gestores Imobiliários

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