Celebrado no dia 29 de maio, o Dia Mundial da Energia é ocasião importante para refletirmos sobre a importância da energia em nossas vidas.
A energia desempenha papel fundamental no desenvolvimento social e econômico, mas também é responsável por impactos ambientais negativos, como a emissão de gases de efeito estufa. Por isso, é crucial promover o uso eficiente da energia e incentivar a transição para fontes renováveis.
Dados do Balanço Energético Nacional demonstram que as edificações residenciais brasileiras consomem cerca de 27% da energia elétrica gerada no país. Edificações residenciais, comerciais e públicas são responsáveis por mais da metade da energia elétrica consumida.
E quando olhamos apenas para o consumidor residencial, conforme pesquisa de posses e hábitos (PPH) da Eletrobras (gráfico abaixo), considerando todas as regiões do país e classes sociais, mais de 75% das pessoas utilizam ar condicionado de forma intensa o ano inteiro, representando que há pouca diferença em usar climatização em períodos muito quentes ou muito frios, as casas não estão proporcionando conforto.
Neste contexto olhar atentamente a arquitetura passiva deve trazer um impacto positivo ao reduzir a necessidade de sistemas de climatização que dependem de recursos finitos e não renováveis. Quando diminuímos a nossa dependência de eletricidade e climatização, aliviamos a carga sobre estes sistemas ao longo de toda a vida útil da edificação. Como resultado, esta redução na procura leva a uma menor utilização de combustíveis fósseis.
No Brasil, a produção de energia elétrica é principalmente hidrelétrica, porém possui parcela de fontes termoelétricas, principalmente nos períodos de seca, onde o uso de climatização de resfriamento é intenso. Estratégias que diminuam esse consumo colaboram com a redução da queima de combustíveis para gerar energia elétrica. De forma resumida, no verão brasileiro é necessário gerar calor queimando carvão para ligar o ar condicionado que refresca as residências.
Nesse contexto, as Edificações de Balanço Energético Nulo - ou quase nulo - (Nearly Zero Energy Building) já são uma realidade e devem se tornar obrigatórias. Um edifício de "balanço energético nulo" é aquele em que o consumo de energia elétrica dos seus usuários durante o período de 12 meses é igual a zero ou muito baixo, de acordo com limites estabelecidos em legislações nacionais.
O interesse no conceito é mundial e em vários países, subsidiar a energia solar incentiva o uso de matrizes fotovoltaicas, promovendo o desenvolvimento de edifícios autossuficientes em geração de energia. Mais da metade destes projetos construídos são residenciais, isto ocorre por duas razões principais: uma delas é que a maior parte dos edifícios em geral são residenciais; e a outra, pelo fato de que é em casa que os conceitos de economia de energia são mais facilmente percebidos pelos proprietários.
Conforme a International Energy Agency (IEA, 2015), uma edificação NZEB é uma edificação ligada à rede de infraestrutura elétrica que contribui com tanta energia para a rede à qual está conectada à medida que retira energia desta mesma rede, ou seja, não se trata de um edifício autônomo isolado, pelo contrário, é parte integrante de uma comunidade e sua rede de energia. Outra definição da IEA diz respeito ao uso obrigatório da geração de energia local através de fontes renováveis para um edifício ser considerado NZEB e possui balanço energético nulo.
O potencial de conservação de energia no setor de edificações no Brasil é grande, estimado em 30% no retrofit de edificações existentes e pode superar 50% em novas edificações concebidas desde a fase inicial do projeto voltadas à eficiência energética e o conforto dos usuários.
Considerando que o Brasil possui um enorme potencial de geração de energia fotovoltaica é viável o planejamento para edificações de consumo de energia nulo.
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