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Foto do escritorMarcos Vinícius de Lima

A iluminação está te deixando doente?

Muito mais do que um elemento decorativo, a iluminação de um ambiente pode afetar diretamente a nossa qualidade de vida, influenciando fatores como saúde, humor e qualidade do sono. Isso é especialmente verdade quando consideramos a rotina moderna: passamos boa parte do dia confinados em ambientes internos, com os olhos vidrados nas telas do smartphone e do computador, sem contato algum com o sol.


A consequência disso é que muitos de nós temos contato apenas com a luz artificial durante a semana, sem receber os benefícios naturais da exposição ao sol. Esse estilo de vida causa desequilíbrio no corpo, afetando principalmente o ciclo circadiano. Por essa razão é essencial que a iluminação seja projetada para a melhor experiência possível, considerando fatores como intensidade de luz e a temperatura de cor adequada para cada momento e tarefa.


Mostraremos a seguir quais os efeitos negativos de uma iluminação mal projetada e também o que você pode fazer para corrigi-la, de modo a não sofrer com problemas de sono, humor e saúde.


O que é o ciclo circadiano?


Antes de falarmos do impacto indesejado da luz artificial sobre nossas vidas, é importante entendermos o que é o ciclo circadiano, popularmente conhecido como relógio biológico.

Todos os animais possuem um ritmo natural, uma espécie de relógio-mestre que regula as funções do corpo com base na iluminação recebida. Naturalmente, a exposição adequada à luz do sol faz com que nosso corpo entre em sincronia com o ciclo do amanhecer e do anoitecer, seguindo um ritmo que se completa a cada 24 horas.


Isso determina em que momentos do dia temos os picos de atenção, quando é hora de aumentar ou diminuir a temperatura do corpo e até mesmo quando o nosso sistema digestivo está mais ativo.


Nos humanos, o principal responsável por regular o ciclo circadiano é uma pequena estrutura localizada no hipotálamo. Ela reage quando recebe estímulos de fotorreceptores denominados células ganglionares intrinsecamente fotossensíveis (ipRGCs).


Como a iluminação pode afetar o seu sono

Com uma rotina cada vez mais agitada, muita gente acaba menosprezando uma das coisas mais importantes para a nossa saúde: o sono. Ele é uma ferramenta essencial para a nossa qualidade de vida, auxiliando em coisas importantes para o nosso organismo, tais como:

  • Reparação muscular e cerebral

  • Combate a infecções e inflamações

  • Crescimento (em indivíduos jovens)

  • Memória e níveis de atenção

  • Níveis de energia durante o dia

  • Equilíbrio hormonal

  • Regulação do humor, incluindo controle de ansiedade, stress, depressão e irritabilidade

Um dos principais fatores que interfere na qualidade de sono é a presença de luz artificial em excesso no período noturno, o que desencadeia uma confusão em nossos corpos, embaralhando o ciclo circadiano. Mesmo exposições curtas podem ativar o hipotálamo, principalmente quando falamos de luzes de alta intensidade.

A luz azul, muito presente nas telas dos eletrônicos como celulares e monitores, merece atenção especial, pois suas ondas curtas causam um estrago ainda maior no ciclo circadiano, inibindo rapidamente a produção de melatonina, um hormônio natural que nos auxilia a dormir. Além das telas dos eletrônicos, as lâmpadas também causam confusão no organismo, principalmente as do tipo LED com temperaturas de cor mais frias (brancas). Isso ocorre porque elas possuem mais luz azul na composição do feixe luminoso.


Mesmo pessoas que têm um sono aparentemente normal podem sofrer alterações nos padrões de repouso, em decorrência da exposição à luz artificial. O efeito colateral mais comum é a redução nos ciclos (e no tempo) de sono profundo, que é o grande responsável pelas rotinas de regeneração das nossas células.


Além disso, são comuns os casos de inquietação, resultando em diversas interrupções do sono durante a noite. Por esse motivo, é importante que o quarto esteja o mais escuro possível, evitando que a luz chegue, mesmo que de forma indireta, à nossa retina.


Impactos severos para a sua saúde


Apesar de parecerem pouco preocupantes inicialmente, os efeitos trazidos pela exposição indevida à luz artificial começam a se acumular, minando a qualidade de vida. Cansaço, fadiga ocular e dificuldade de concentração estão entre apenas alguns dos resultados possíveis. Dados da Sleep Foundation revelam inúmeros transtornos ocasionados pela exposição indevida à luz artificial, entre eles:

  • Irregularidades no metabolismo

  • Aumento indevido do apetite e ganho de peso

  • Elevação nos níveis de colesterol LDL

  • Problemas cardiovasculares

  • Aumento do risco de câncer

Em pessoas com disfunções severas de sono, há uma série de problemas que podem se manifestar, incluindo diabetes, imunodeficiência, irregularidades hormonais, dores e disfunções de ordem psicológica, o que nos leva ao próximo ponto.


A falta do sono frequentemente leva à depressão e baixa motivação. Mas, além disso, a iluminação em si tem um papel importante sobre o nosso comportamento. Uma pesquisa da Universidade de Toronto revelou que a luz influencia diretamente o nosso processo de tomada de decisão.


Entre as descobertas divulgadas, ficou comprovado que os humanos sentem uma emoção de forma mais intensa quando expostos a ambientes mais iluminados. Já a longa exposição a ambientes escuros e fechados, durante o dia, tende a resultar em problemas como depressão sazonal.


Ainda sobre os efeitos da luz em nosso comportamento, ambientes claros, limpos e organizados podem estimular fatores como criatividade e produtividade, sendo ideais para escritórios e salas de estudo. Nesses espaços, o uso da luz branca (de 4.000 a 6.500 Kelvin) é bem-vindo durante o dia, por estimular a concentração na tarefa.


Contudo, entre o fim da tarde e à noite, as lâmpadas amarelas (de 3.000K) são as mais indicadas, promovendo o relaxamento do corpo. Essa temperatura de cor também alivia parte dos problemas que vimos com a exposição do nosso corpo à luz artificial, mas é preciso tomar cuidado com a intensidade da luz e com o tempo de utilização.


Como corrigir o problema?


Pesquisas mais recentes vêm trabalhando bastante com a ideia da mimética da iluminação solar, ou seja: utilizar luzes bem intensas e de tom mais claro durante o dia, momento em que precisamos de concentração e energia, para gradualmente substituí-las por uma iluminação mais fraca e amarelada conforme a tarde cai.


Para isso, podem ser utilizadas luzes LED programáveis, com função de dimmer. Esse ajuste é essencial para que o nosso cérebro perceba a passagem do tempo, nos induzindo ao sono conforme a noite se aproxima. Alguns hospitais vêm realizando testes com esse sistema, obtendo bons resultados com pacientes, como recuperação acelerada em alguns quadros.


O mesmo conceito pode ser aplicado aos nossos eletrônicos: basta baixar o brilho da tela o máximo possível e ativar os filtros de luz azul que já vêm embutidos em sistemas operacionais como Android e iOS. O ideal seria a escuridão completa até a hora de dormir, mas a utilização mais regulada da iluminação já pode ajudar bastante a aliviar todos os problemas que descrevemos até aqui, garantindo saúde e uma ótima noite de sono.


Explorando as tecnologias inteligentes

Quem trabalha ou estuda em regime remoto pode não encontrar tantas alternativas para conseguir o equilíbrio ideal entre a luz natural e a luz artificial, especialmente quando a rotina é muito exaustiva e existe pouco tempo livre para relaxar. Por outro lado, as tecnologias inteligentes podem ser poderosas aliadas nesse quesito, já que elas oferecem uma infinidade de opções de controle para quem busca alcançar a iluminação perfeita de acordo com a hora do dia.

Como já explicado, a temperatura da luz é determinante para proporcionar o humor mais adequado para diferentes situações. As lâmpadas smart LED são dispositivos inteligentes que permitem alterar sua temperatura à vontade, e o melhor: podem ser programadas para realizar tudo de forma automática, possibilitando que a iluminação se adapte sozinha conforme as horas do dia forem passando. Para quem vive na correria de trabalhar em casa, contar com esse recurso não só garante mais praticidade como também melhora a produtividade e o descanso.


Primeiramente, é importante fazer máximo proveito da luz solar que se dispõe na casa, então caso bata sol no cômodo onde você passa a maior parte do tempo, não é necessário utilizar luz artificial durante esse período. Caso o sol não se faça muito presente na sua residência, algo que costuma ser mais comum em apartamentos, então será preciso aprender a usar a luz artificial da melhor forma possível, uma tarefa que não será muito difícil com as lâmpadas inteligentes.


O ideal é priorizar uma temperatura de cor específica para cada cômodo da casa. Como a luz fria é responsável por nos manter focados, ela é ideal para os lugares onde realizamos qualquer tipo de atividade que exige atenção, como trabalhar, cozinhar etc. Priorize luz fria em escritórios, cozinha e até mesmo banheiros, pois são os cômodos mais adequados para esses tons puxados para o branco. Já a luz quente, que nos proporciona relaxamento e conforto, deve ficar nos quartos, sala de estar e sala de TV, que são locais dedicados ao descanso, ao lazer e aos tons amarelados.


Cores e intensidades


Fazer bom uso da temperatura da cor vai além de saber em que cômodo usar cada tipo, mas também envolve saber como alterar sua intensidade de acordo com a hora do dia. Esse é um recurso extremamente útil das lâmpadas LED smart, já que é possível programá-las para fazer tudo isso de forma automática.


De manhã, quando a luz natural é mais intensa, o uso da luz artificial é dispensável em determinados cômodos, mas caso não seja possível, provavelmente a intensidade será baixa. Ainda que pouco, a iluminação do dia costuma se espalhar parcialmente pela casa, então independente da temperatura, a luz de baixa intensidade é mais adequada. Conforme for escurecendo, as lâmpadas smart LED podem intensificar a temperatura automaticamente, caso estejam programadas corretamente, então a iluminação pode se ajustar sozinha de forma inteligente.


Um outro detalhe interessante é referente à cor da luz, que não precisa se limitar ao branco para frio e ao amarelo para quente. Cada cor existente se enquadra em uma dessas duas categorias e as lâmpadas smart LED contam com todas elas, então é possível utilizar qualquer uma e ainda fazer proveito das variações de intensidade, de acordo com o recomendado para cada cômodo. Dentre as cores frias temos o branco, azul, verde e violeta, enquanto as quentes contam com o amarelo, o laranja e o vermelho.


Além da vantagem de poder usar qualquer cor para estimular sensações apropriadas em cada ambiente, a versatilidade das lâmpadas LED smart também é excelente para a decoração de ambientes, promovendo um aspecto totalmente novo com suas diferentes variações. Ao equipar um cômodo com mais de uma lâmpada inteligente, ainda é possível combinar tons para alcançar um resultado ainda mais belo e eficaz em nossas mentes.


Fonte: Positivo.

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